Isaías 66 é um portal escatológico que se abre para dentro de Apocalipse.
Ali vemos o juízo, a glória, a restauração e a promessa de novos céus e nova terra.
Mas nos versos 19–23 há um detalhe que pulsa como uma revelação para os últimos dias:
“Também dentre todas as nações trarão os irmãos de vocês ao meu santo monte, em Jerusalém, como oferta ao Senhor… trazendo-os em vasos cerimonialmente puros.”
— Isaías 66.20
E aqui está o ponto que o Espírito tem enfatizado:
O Santo Monte, a Jerusalém mencionada em Isaías 66, aponta para Sião — a Sião terrena — que é a Igreja, a Noiva do Cordeiro.
Não estamos falando apenas da geografia física, mas do lugar espiritual onde Deus habita.
Assim como Hebreus 12.22 declara:
“Vocês chegaram ao Monte Sião, à Jerusalém Celestial, à Igreja do Deus Vivo…”
Isaías já contemplava essa Sião, essa igreja redimida, como o destino para onde os remanescentes seriam conduzidos — não como fugitivos, mas como irmãos, como familiares, como parte do povo da Aliança.
1. O REMANESCENTE — UM POVO QUE É TRAZIDO À SIÃO
Quando Isaías diz “trazidos dentre as nações”, ele está falando da colheita final de Deus:
um povo disperso, escondido, espalhado, mas preservado.
Esse remanescente não está apenas voltando para uma cidade —
está sendo conduzido para a Igreja, para a comunhão dos santos, para o Corpo, para a Noiva.
No Antigo Testamento, remanescentes eram preservados para restaurar Israel.
No Novo Testamento, remanescentes são preservados para formar a Igreja fiel que persevera até o fim.
Agora, o Espírito te mostrou algo ainda mais profundo:
Os remanescentes são trazidos para Sião como “irmãos”.
Eles não chegam como estrangeiros.
Chegam como família.
Como parte da Noiva que está sendo preparada.
E isso aponta para Apocalipse, quando vemos:
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A colheita das nações (Ap 14)
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O ajuntamento dos vencedores (Ap 7)
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A Noiva adornada para o Cordeiro (Ap 19 e 21)
Isaías viu — séculos antes — Deus reunindo Sua família para dentro da Sua Casa.
2. “VASOS CERIMONIALMENTE PUROS” — OFERTADOS NO ALTAR DO SENHOR
Aqui está outro ponto que você recebeu do Espírito Santo e que é crucial:
Esses vasos não são objetos. São pessoas.
São vidas consagradas.
São remanescentes purificados.
São irmãos das nações, santificados pelo sangue, pelo óleo e pela água —
os três elementos que formam a identidade do BLOW Ministry.
E Isaías diz que eles serão trazidos como oferta ao Senhor.
Isso é tremendo.
Eles não vêm para receber algo.
Eles vêm para serem oferecidos.
Ofertas vivas.
Vasos limpos.
Vasos cheios.
Vasos consagrados no altar.
Assim como Romanos 12.1 declara:
“Apresentem seus corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.”
E como Apocalipse 5.10 confirma:
“Tu fizeste deles um reino de sacerdotes para o nosso Deus.”
O altar é o destino do vaso.
E o vaso puro é o presente que a Igreja oferece ao Rei.
A Sião terrena — a Igreja — torna-se o lugar onde esses irmãos são reunidos e ofertados para Cristo.
Eles são entregues ao Noivo como parte da obra final da redenção.
3. A CONEXÃO PROFÉTICA ENTRE ISAÍAS 66 E APOCALIPSE
Isaías 66 vê:
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Deus reunindo Seu povo de todas as nações.
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Deus recebendo esses remanescentes como oferta.
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Deus estabelecendo Jerusalém como centro da adoração.
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O ajuntamento perpetuado “de uma lua nova a outra” (Is 66.23).
Apocalipse vê o mesmo:
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As nações vindo à luz do Cordeiro (Ap 21.24).
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Os santos como sacerdotes que oferecem louvor (Ap 7.15).
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A Noiva sendo preparada (Ap 19.7).
-
A Nova Jerusalém como lugar da presença eterna.
Isaías 66 e Apocalipse 21–22 são espelhos proféticos.
E o centro dessa revelação é este:
**Deus está reunindo remanescentes para formar uma Noiva pura,
e essa Noiva é composta por vasos que foram purificados e ofertados ao Reino.**
4. A PALAVRA PROFÉTICA PARA OS NOSSOS DIAS
O Espírito está ajuntando o remanescente.
E está purificando os vasos.
E está conduzindo todos à Sião — a Igreja fiel, a Noiva preparada.
Você não está sendo reunido por acaso.
Você está sendo atraído para o Santo Monte.
Para o altar.
Para a Casa.
Para a Noiva.
E, no fim, seremos apresentados ao Cordeiro como oferta:
“E eles serão meus, diz o Senhor, no dia em que prepararei a minha propriedade especial.” (Ml 3.17)